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Tipo: Módulo
Título: Manifestações externas das doenças e iatrogenias: módulo 406: manual do tutor
Título(s) alternativo(s): Módulo 406: manifestações externas das doenças e iatrogenias: manual do tutor
Autor(es): Escola Superior de Ciências da Saúde
Resumo: Não costumamos pensar na pele como um órgão, mas é isso o que ela é: o maior órgão de nosso corpo, responsável pela troca de calor e água com o ambiente, encarregado de proteger os órgãos internos contra bactérias e de captar e enviar para o cérebro informações sobre calor, frio, dor e tato. A pele tem três camadas, a epiderme (mais externa), a derme e o tecido subcutâneo, mais profundos. A epiderme é bem fina e, por sua vez, tem três camadas: a superior, formada por células chamadas queratinócitos, a média e a mais interna, formada pelas chamadas células basais. As células basais dão origem aos queratinócitos também chamadas células escamosas, que produzem queratina e impermeabilizam a pele e, aos melanócitos, células que produzem melanina, o pigmento marrom que dá cor à pele e cuja função é proteger as camadas mais profundas da pele contra os efeitos nocivos da radiação solar. Negros e brancos possuem a mesma quantidade de melanócitos, mas as pessoas de pele escura produzem mais melanina, especialmente uma chamada eumelanina, mais eficiente na proteção contra os raios ultravioletas (UV) do sol. É por isso que negros e afro-descendentes têm menor risco de desenvolver câncer de pele. A derme, a camada intermediária da pele, é mais espessa que a epiderme e abriga as glândulas sebáceas, folículos pilosos (as raízes dos pêlos), vasos sanguíneos e nervos. O tecido subcutâneo às vezes chamado de hipoderme é responsável pela retenção do calor do corpo e funciona como um "colchonete", que absorve impactos e protege os órgãos internos contra choques e pancadas. Por ser o maior órgão do corpo humano, a frequência com que é acometida por disfunções é maior do que a de qualquer outro órgão. Em nosso país, de 10 a 15% das consultas em atenção primária têm como causa uma alteração dermatológica. Entretanto, esse percentual pode ser maior, uma vez que, entre a população menos favorecida, as queixas inestéticas são pouco valorizadas. Dessa forma, diversos indivíduos podem estar vivendo com dermatoses porque não foram adequadamente avaliados no primeiro atendimento médico, ou porque não estão cientes que o seu problema pode ter tratamento, ou porque não se consideram portadores de uma doença de pele. Por esse motivo, durante a quarta série será enfatizada a necessidade do exame dermatológico de rotina. Com efeito, aproximadamente 75% dos pacientes que comparecem aos diversos serviços de atendimento geral com queixas diversas possuem alguma alteração dermatológica quando examinados de forma apropriada. Por esses motivos, qualquer médico deve estar preparado para reconhecer as alterações cutâneas mais comuns. A dimensão psicossocial terá enfoque importante no presente módulo uma vez que a influência do estresse sobre o desenvolvimento e manutenção das dermatoses já foi bem documentada. Nos últimos 20 anos, a prevalência de atopias tem aumentado. A preocupação excessiva com a assepsia e a anti-sepsia evita que a criança entre em contato com micobactérias saprófitas, responsáveis pelo estímulo antigênico necessário ao desenvolvimento de um sistema imunitário normal. No mesmo período, houve diminuição da idade de aparecimento das neoplasias cutâneas e aumento da sua prevalência. Esse fato pode ser devido tanto ao aumento da expectativa de vida quanto ao aumento da exposição solar sem o uso de fotoprotetores adequados, associado à redução da camada de ozônio da atmosfera terrestre. Teremos um mutirão de câncer pele, durante o qual o estudante da quarta série terá contato direto com essa realidade. A palavra iatrogenia significa “aquilo que advém da ação do médico”. Dessa forma, para minimizar essas alterações da pele, é necessário conhecer a posologia, efeitos colaterais, contra-indicações e interações medicamentosas dos medicamentos mais frequentes da prática diária. No presente módulo, todos esses itens serão abordados repetidamente e cobrados no EAC e nas demais recuperações. O estudante da quarta série terá oportunidade de entrar em contato com novos conhecimentos de farmacologia, consciente que deverá ampliar esse conhecimento por toda a vida, qualquer que seja a área que escolha para exercer a sua atividade médica. Como o paciente com manifestações externas das doenças e iatrogenias não comparece à consulta médica já informando a sua doença e sim relatando sinais e sintomas, os problemas abordarão lesões elementares da pele, sintomatologias mais frequentes e/ou doenças com substrato comum. A partir desses dados, o estudante será convidado a: descrever o exame físico; integrar as informações da história e do exame físico com conhecimentos prévios; sugerir hipóteses diagnósticas plausíveis e aplicáveis aos pacientes dos problemas; formular plano diagnóstico quando indicado e, finalmente propor a terapêutica de acordo com a realidade dos pacientes. O tratamento deve ser feito com o intuito de reverter as alterações fisiopatogênicas que, por sua vez, levarão aos sinais e sintomas que fizeram o paciente vir à consulta médica. Entretanto, a escolha dos medicamentos deve ser cuidadosa, para evitar a iatrogenia. Essa é a essência do módulo 406 e deverá ser praticada na abertura e no fechamento dos problemas.
Palavras-chave: Dermatologia
Iatrogenia
Agentes externos
Pele
CNPq: CNPQ::CIENCIAS DA SAUDE::MEDICINA::CLINICA MEDICA
Idioma: por
País: Brasil
Editor: Escola Superior de Ciências da Saúde
Sigla da Instituição: ESCS
Citação: ESCOLA SUPERIOR DE CIÊNCIAS DA SAÚDE. Manifestações externas das doenças e iatrogenias: módulo 406: manual do tutor. Brasília: FEPECS, 2016. 34 p.
Tipo de Acesso: Acesso Restrito
URI: https://repositorio.fepecs.edu.br:8443/handle/123456789/685
Data do documento: Fev-2016
Aparece nas coleções:Módulos 2016 - 2020

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