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Tipo: Módulo
Título: Proliferação celular: módulo 204: manual do tutor
Título(s) alternativo(s): Módulo 204: proliferação celular: manual do tutor
Autor(es): Escola Superior de Ciências da Saúde
Resumo: Após os estudos do Projeto Genoma Humano sabe-se que o conjunto total dos nossos cromossomos no núcleo celular contém o equivalente a 3 bilhões de pares de bases. Assumindo, pragmaticamente, que cada gene codifica uma proteína com peso molecular em média de 40.000 daltons, pode-se estimar que um gene corresponde a 1.200 pares de bases. O núcleo da célula humana contém cerca de 2,5 milhões de genes. O DNA contido nas células do homem, se descompactado, poderia atingir a lua e voltar. Estima-se que tenhamos de 50.000 a 100.000 distintos genes funcionais contidos em 23 pares de cromossomos. O mapeamento completo dos genes permitirá o conhecimento da função de cada um no organismo. A posse de toda a informação codificada no genoma humano nos dá crédito, pelo menos inicial, para compreender os mecanismos do desenvolvimento, da fisiologia e até mesmo do nosso comportamento. Ser um biologista nos dias de hoje, na área da bioquímica e da genética molecular, é uma tarefa de entusiasmo e dificuldade. Entusiasmo devido ao avanço no conhecimento que esta tecnologia nos traz e que pode levar a mudanças e a novos desafios sociais e culturais. Dificuldade em função da possibilidade do nascimento de uma nova moral, um novo escrúpulo, uma nova ética científica e tecnológica, uma nova Medicina. Os avanços da microscopia eletrônica, da bioquímica e da imunologia, dentre outras ciências, permitiram o diagnóstico de várias doenças genéticas relacionadas à biologia molecular – fenilcetonúria, xeroderma pigmentoso, síndrome de Down, epidermólise bolhosa, câncer – que trataremos nesse Módulo. Hoje se conhece mais de 3.000 doenças relacionadas a "defeitos" genéticos. Estima-se que 1% dos nascimentos traga, de alguma maneira, um bebê com deficiência genética, e que 30% da mortalidade infantil (em países não afetados por doenças endêmicas e má nutrição) esteja relacionada a um erro inato do metabolismo ou a uma malformação congênita - que reflete também, de certa forma, alterações genéticas. Assumindo que 1 gene com defeito causa uma doença metabólica há situações em que outras mutações levam à condição de alterações poligênicas, como o diabetes tipo 1 por exemplo, ou algumas formas de depressão onde vários genes interagem e se combinam com o ambiente e estilo de vida, produzindo doenças. Com o progresso a tecnologia genética tem permitido a detecção de cópias ou mesmo fragmentos de genes (hibridização, PCR, RFLP, etc.) havendo possibilidades de se diagnosticar doenças genéticas no recém-nascido ou no feto, ou mesmo em adultos quando o "aconselhamento" ao casal para não ter filhos pode, por exemplo, reduzir a probabilidade de reprodução de genes de alto risco para certas doenças. Um outro ponto a ser considerado é a possibilidade, através da engenharia genética, de prevenção intra-útero de doenças, quando se sabe que ainda não se tem tratamentos específicos para elas. Um “melhoramento”. As consequências legais e morais de uma expansão de diagnósticos genéticos são ameaçadoras. Dividiram a comunidade científica entre os bioconservadores e os bioprogressistas ou transhumanistas. Os bioconservadores argumentam contra o uso das tecnologias genéticas para modificar a natureza humana. A preocupação é que o “melhoramento” genético poderá ser “desumanizante”. As opiniões são de que essas tecnologias possam minar a dignidade da civilização humana ou, inadvertidamente, erodir algo que é profundamente valioso no âmago do ser, mas difícil de ser colocado em palavras ou de se levar em conta em uma análise de risco e benefício: a psique. Os bioprogressistas ou transumanistas acreditam que as tecnologias de “melhoramento” humano deveriam ser largamente disponibilizadas, que indivíduos deveriam ter amplo poder de escolha sobre quais dessas tecnologias desejam aplicar a si próprios, e que os pais deveriam ter normalmente o direito de escolher “melhoramentos” para os seus futuros filhos. Acreditam que, embora haja riscos que precisem ser identificados e evitados, as tecnologias de “melhoramento” humano irão oferecer um potencial enorme de usos extremamente valiosos e benéficos para a humanidade. A longo prazo é possível que tais “melhoramentos” transformem-nos, ou aos nossos descendentes, em seres “pós-humanos”, os quais poderiam ter longevidade, em plena saúde, incalculável, além de faculdades intelectuais muito melhores do que as de qualquer ser humano atual e modalidades de sensibilidades inteiramente novas – assim como ter a habilidade de controlar as próprias emoções. Os pacientes da nova Medicina transhumana, numa visada preditiva, em oposição à atual prática médica reativa, tornariam o mais inofensivo possível as fraquezas de cada qual que, em vez de postular ao médico humano de hoje cura-me exigiria aos transhumanos: impeça-me de adoecer. Assim decidiu a atriz Angelina Jolie. Sabedora de carregar consigo mutação no gene BRCA1, com probabilidade de 87% de desenvolver câncer de mama e 50% de chances de ter câncer no ovário, em 2013 se submeteu a dupla mastectomia profilática e em 2015 a salpingo-ooforectomias bilateral preventivas. Uma transhumana?
Palavras-chave: Proliferação celular
Oncogênese
Oncologia
Biologia molecular
CNPq: CNPQ::CIENCIAS DA SAUDE::MEDICINA::CLINICA MEDICA::CANCEROLOGIA
Idioma: por
País: Brasil
Editor: Escola Superior de Ciências da Saúde
Sigla da Instituição: ESCS
Citação: ESCOLA SUPERIOR DE CIÊNCIAS DA SAÚDE. Proliferação celular: módulo 204: manual do tutor. Brasília: FEPECS, 2016. 34 p.
Tipo de Acesso: Acesso Restrito
URI: https://repositorio.fepecs.edu.br:8443/handle/123456789/666
Data do documento: Fev-2016
Aparece nas coleções:Módulos 2016 - 2020

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